Sidarta Gautama nasceu por volta de 500 a.C. em um pequeno reino, onde atualmente fica o Nepal. Filho do rei Shudodhana, o príncipe tinha uma vida cercada de conforto, luxos e riqueza. Vivia alheio ao mundo exterior, dentro dos muros do palácio, devido aos esforços de seu pai para poupá-lo do sofrimento do mundo. Apesar de tudo, Sidarta sentia-se infeliz.
Fugindo numa tarde dos portões do palácio, em seu primeiro contato com o mundo exterior foi surpreendido com as chamadas “três marcas da impermanência”: velhice, doença e morte. Ao contemplar o real sofrimento, nasceu em Sidarta seu propósito primeiro: libertar as pessoas do sofrimento. Decidiu então abandonar o palácio.
Além da mendicância e de inúmeras adversidades, ele seguiu por sete anos estudando com mestres e filósofos, praticando disciplina, privação e meditação. Treinou a mente com coragem, força e dedicação. Em uma de suas viagens, sentou-se embaixo de uma imensa figueira e ali permaneceu por 49 dias em profunda meditação, até atingir a plenitude da sabedoria humana e chegar enfim ao estado de Nirvana. Neste momento, tornou-se aquele que conhecemos por Buda*.
Durante os 45 anos seguintes, dedicou-se a espalhar seu conhecimento entre as pessoas, sem fazer qualquer distinção. Conforme a tradição, suas últimas palavras foram: “Tudo o que foi criado está sujeito à decadência e à morte. Tudo é impermanente. Trabalhem duro pela própria salvação com atenção plena, esforço e disciplina”.
*Buda: origem do sânscrito-devanagari: बुद्ध,, transliterado Buddha, que significa Desperto”,[1] do radical Budh-, “despertar”. É o título budista dado àqueles que despertaram plenamente para a verdadeira natureza dos fenômenos e se propuseram a semear tal descoberta com o intuito de eliminar o sofrimento humano e promover a real felicidade.